ANIVERSÁRIO DE PELÉ

Atleta do século, 'Sir' e cidadão do mundo: números e conquistas de Pelé

 

Lance!Net

 

Pelé nasceu na cidade mineira de Três Corações, mas seus feitos como atleta profissional de futebol o tornaram um "cidadão do mundo". O título, entretanto, não é uma simples figura de linguagem, e sim uma das várias honrarias recebidas desde os anos 50, quando começou a se destacar no esporte. Em 1977, em solenidade na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, Edson Arantes do Nascimento recebeu o diploma de mérito de cidadão do mundo concedido pela Unicef.

 

Além dessa honraria, o Rei do Futebol carregou mais uma série de conquistas pessoais, e se tornou até Sir - Cavaleiro Honorário do Império Britânico, condecorado pela Rainha Elizabeth em 1997. Além disso, é cidadão honorário da Hungria, de Nova Jersey, Los Angeles, Paris, Guadalajara (México) e Bauru. Pelé ainda deu nome a estádios (o maior de Alagoas, por exemplo), praças e estátuas, em Três Corações e na Índia. O prêmio de Atleta do Século, por fim, foi dado por diversas entidades do meio esportivo, como o Comitê Olímpico Internacional, Reuters, Du Pont e L'Equipe, todos em 1999.

 

A primeira dessas mais de 40 honrarias pessoais recebidas pelo Rei do Futebol foi em 1963. Com apenas 23 anos de idade, Pelé virou Cavaleiro da Legião de Honra da França pouco antes de ser bicampeão mundial de clubes pelo Santos. Antes disso, ele já havia vencido duas Copas do Mundo (1958 e 1962), além de mais sete títulos pela Seleção Brasileira e 24 conquistas pelo Santos Futebol Clube. Depois disso ainda viriam mais 22 pelo clube paulista e dois pela Seleção, inclusive a Copa do México, em 1970.

 

Do mesmo modo que as homenagens recebidas, as marcas conquistadas por Pelé também foram precoces. Ele é o mais jovem artilheiro da história do Campeonato Paulista (fez 17 anos durante a disputa da edição de 1957), é o mais jovem artilheiro do Santos em uma temporada, com 127 gols em 1959, o mais jovem campeão mundial pela Seleção (com 17 anos em 1958) e também o mais jovem bimundial (estava com 21 na Copa do Chile).

 

A precocidade ajudou Pelé a encerrar sua carreira, em 1977, com números espetaculares. Segundo a Fifa, foram 1363 partidas e 1281 gols. O Santos tem registros do mesmo número de gols marcados, mas relaciona duas partidas a mais que a entidade. Os números oficiais de Pelé, por fim, falam em 1366 partidas e 1283 gols. A diferença nos números ocorre porque o Rei do Futebol vestiu diversas outras camisas além das do Santos e da Seleção Brasileira, e nem todas as vezes em que representou outro emblema são consideradas como oficiais.

 

No Cosmos, dos Estados Unidos, clube que o comprou por 7 milhões de dólares (a maior transação da história, na época, em 1974), foram 108 jogos e 63 gols marcados em pouco mais de duas temporadas promovendo o "soccer" no país mais rico do mundo. Além de Santos, Seleção e Cosmos, ainda há registros de jogos pela Seleção Paulista (13 jogos e 9 gols), Seleção da 6ª Guarda Costeira (6 jogos e 11 gols), Seleção das Forças Armadas (5 jogos e 4 gols), Combinado Vasco/Santos (4 jogos e 6 gols), Seleção do Sindicato de Atletas de São Paulo (2 jogos e 3 gols), Seleção do Sudeste (1 jogo e 1 gol), mais participações esporádicas pela Seleção Brasileira de Seniores, American All-Stars, Amigos do Garrincha e até Flamengo, Fluminense e seleção da Nigéria.

 

Os números na carreira fizeram Pelé tornar-se hors concours na tradicional premiação Bola de Ouro, da Revista Placar, em 1983. Esse título significava que nenhuma honraria era grande o suficiente para reverenciá-lo e nem os concorrentes bons o suficiente para derrotá-lo. Tudo graças à genialidade em campo, que levou Edson Arantes do Nascimento a títulos e feitos que nenhum outro esportista jamais alcançou.

 

PELÉ NO SANTOS (entre 1956 e 1974)

 

Jogos: 1281

 

Gols: 1091

 

Títulos: 48

 

PELÉ NA SELEÇÃO BRASILEIRA

 

Jogos: 114

 

Gols: 95

 

Títulos: 11

 

PELÉ NO COSMOS (entre 1975 e 1977)

 

Jogos: 108

 

Gols: 63